Como estruturar uma central de chamados eficiente em hospitais e clínicas

A importância de uma central de chamados na saúde 

Hospitais e clínicas lidam diariamente com demandas críticas e variadas, que vão de falhas em sistemas de TI a problemas de infraestrutura ou solicitações administrativas. Quando essas ocorrências não são organizadas e priorizadas de forma adequada, há risco de atrasos, retrabalho e impacto direto no atendimento ao paciente. 
Uma central de chamados eficiente garante que todas as solicitações sejam registradas, categorizadas e tratadas de acordo com sua urgência, mantendo transparência, organização e controle. Mais do que um recurso administrativo, trata-se de um pilar estratégico para a qualidade assistencial. 

Pilares de uma central de chamados eficiente 

1. Categorização de demandas 

O primeiro passo é organizar as solicitações em categorias claras, como: 

  • TI: falhas em sistemas, computadores ou impressoras. 
  • Infraestrutura: manutenção elétrica, hidráulica ou de equipamentos médicos. 
  • Suprimentos: reposição de materiais ou insumos. 
  • Administração: demandas de processos internos. 

Essa categorização permite identificar padrões, medir o volume por área e direcionar cada chamado ao time correto. 

2. Priorização por criticidade 

Nem todas as solicitações têm o mesmo impacto. É essencial classificá-las de acordo com sua urgência: 

  • Crítico: falhas que comprometem o atendimento ao paciente ou a operação do hospital (ex.: queda de sistema de prontuário eletrônico). 
  • Alto: problemas que afetam setores inteiros, mas sem impacto imediato em pacientes. 
  • Médio: demandas que interferem no fluxo de trabalho, mas podem aguardar curto prazo. 
  • Baixo: solicitações administrativas ou melhorias que não comprometem a operação. 

Essa hierarquia garante que os recursos sejam direcionados para o que realmente importa. 

3. Definição de SLAs (Acordos de Nível de Serviço) 

Estabelecer prazos claros para atendimento e resolução de chamados é fundamental para dar previsibilidade e medir eficiência. Exemplos: 

  • Crítico: atendimento imediato e resolução em até 2 horas. 
  • Alto: resposta em até 4 horas e resolução em 24 horas. 
  • Médio: resposta em 1 dia útil e resolução em até 3 dias úteis. 
  • Baixo: atendimento em até 5 dias úteis. 

Com SLAs definidos, é possível acompanhar a performance e identificar gargalos na operação. 

4. Dashboards e indicadores 

A gestão de chamados deve ser acompanhada em tempo real por meio de dashboards que tragam indicadores como: 

  • Chamados abertos, em andamento e resolvidos. 
  • Tempo médio de resposta e resolução. 
  • Percentual de cumprimento de SLA. 
  • Setores com maior volume de demandas. 

Esses dados permitem decisões rápidas e embasam melhorias contínuas na operação hospitalar. 

Exemplos práticos em hospitais e clínicas 

  • Hospital de grande porte: com alto volume de chamados de TI, a categorização e os SLAs ajudaram a reduzir em 40% o tempo de indisponibilidade dos sistemas críticos. 
  • Clínica de médio porte: ao centralizar solicitações de manutenção e infraestrutura, conseguiu reduzir custos com retrabalho e aumentar a satisfação dos colaboradores internos. 
  • Rede de laboratórios: com dashboards de acompanhamento, identificou setores que mais geravam chamados e implementou treinamentos específicos, diminuindo o volume de solicitações recorrentes. 

Benefícios de uma central de chamados bem estruturada 

  • Maior eficiência operacional: todas as demandas passam por um fluxo único e padronizado. 
  • Transparência no processo: colaboradores acompanham o status das solicitações. 
  • Redução de falhas e retrabalho: cada chamado é direcionado corretamente desde o início. 
  • Melhoria na experiência do paciente: menos problemas internos refletem em atendimentos mais ágeis e seguros. 

Estruturar uma central de chamados em hospitais e clínicas é essencial para manter a operação organizada, ágil e orientada à qualidade. Com categorização de demandas, priorização por criticidade, SLAs bem definidos e dashboards de acompanhamento, é possível reduzir riscos, melhorar a produtividade das equipes e garantir que nada comprometa o cuidado com o paciente.